As Raízes Libanesas


A FAMÍLIA KARAM

KARAM (aportuguesado para CARAM), cujo significado em árabe é generosidade, é uma das famílias mais numerosas do Líbano. A família Karam conta com diferentes ramos, cada um com diferentes ancestrais e origens. 

Na foto, uma seta vermelha assinala os nomes de José Abrahão Caram e seu irmão Elias que, em curta sequência, foram tentar a sorte no Brasil.


OS KARAM DE HADATH

Antonio Abrahão Caram descendia de um ramo KARAM cujas origens remontam a Hadath, Líbano.  Outros membros da família Karam oriundos de Hadath também imigraram para Minas Gerais e se estabeleceram na região de Ouro Preto.

Na foto, a primeira Igreja Católica Maronita de Hadath, construída em terras doadas pela família Karam.

A IMIGRAÇÃO

Ao final do século XIX, o Líbano era uma pequena e empobrecida região da Síria, uma das províncias do Império Otomano, em fase de decadência. Naquela época, muitos libaneses decidiram imigrar para as Américas do Norte e do Sul em busca de trabalho, segurança e liberdade - sobretudo religiosa.

OS PAIS E IRMÃOS

Sophia Karuz e José Abrahão Caram, pais de Antonio Abrahão Caram, emigraram do Líbano para o Brasil, em busca de liberdade e prosperidade.  Se conheceram e se casaram em Queluz de Minas (atual Conselheiro Lafaiete - MG), onde Sophia vivia com os pais e quatro irmãos, todos oriundos do Líbano.  O casal teve três filhos: Antonio Abrahão, Victoria e Foad, sendo que os dois primeiros nasceram em Queluz de Minas, onde José era comerciante.  Um núcleo familiar sólido, onde educação, trabalho e caráter sempre ocuparam posições centrais. 


HADATH E BEIRUTE

Em 1890, quando José Abrahão Caram imigrou para o Brasil, era preciso viajar cerca de um dia a pé ou a cavalo entre a pequena Hadath e Beirute, o porto mais próximo.  Navios de passageiros saíam de Beirute com destino a Alexandria, no Egito, de onde outros navios os conduziam até Marselha, na França.  E, a partir de Marselha, navios maiores levavam passageiros em busca de trabalho e prosperidade, a destinos nas Américas do Norte e do Sul.

Na foto, o porto de Beirute, no princípio do século XX.

GHADIR E JOUNIEH

Os pais de Sophia Karuz viviam em Ghadir, um pequeno vilarejo nos arredores de Jounieh, o principal porto do Líbano.  A partir de Jounieh, os imigrantes seguiam jornadas idênticas à descrita ao lado.

Na foto, o porto de Jounieh, em 1910.